Passar para o Conteúdo Principal

Verão com arte contemporânea em Sines

13 de Julho de 2016

A 19.ª edição do projeto Verão Arte Contemporânea em Sines, uma parceria entre a Câmara Municipal de Sines e o Centro Cultural Emmerico Nunes, acolhe dois projetos autónomos: a exposição “Travessa da Ermida a Sul”, comissariada por Catarina da Ponte, no Centro de Artes de Sines, e “4 Fotógrafos de Moçambique”, com curadoria de Alexandre Pomar, no Centro Cultural Emmerico Nunes.

As exposições estão patentes entre 16 de julho e 6 de novembro de 2016, com inauguração marcada para este sábado, 16 de julho, às 16h00.

Arte contemporânea portuguesa no Centro de Artes de Sines

“Travessa da Ermida a Sul” traz de Belém a Sines cerca de 30 obras dos mais relevantes artistas que constituem a atual cena artística portuguesa e que foram sendo apresentadas na Ermida Nossa Senhora da Conceição ao longo dos oito anos da sua atividade. Nas palavras da curadora, “não se trata de uma mostra retrospetiva, mas antes da apresentação de uma narrativa expositiva que coloca em perspetiva temas e reflexões comuns a alguns dos artistas que apresentaram o seu trabalho na Ermida. A mostra propõe um discurso estruturado em cinco núcleos: Dialética; Interior; Tempo; Vicente e Edições.”

A exposição “Travessa da Ermida a Sul” reúne trabalhos de Alberto Carneiro; Albuquerque Mendes; Alexandra Corte-Real; Ana Pérez-Quiroga; Ângela Ferreira; Daniel Blaufuks; Eduardo Nery; Gabriela Albergaria; João Louro; João Maria Gusmão + Pedro Paiva; João Noutel; João Ribeiro; Julião Sarmento; Luís Paulo Costa; Madalena éme; Manuel Caeiro; Miguel Palma; Nuno Maya & Carole Purnelle; Régis Perray; Rita Barros; Rui Chafes; Rui Toscano; Sandro Resende; e Susanne Themlitz.

No dia da inauguração, será também lançado o livro “O Arco da Ermida”, resultante do registo fotográfico das cerca de 50 obras de arte contemporânea que o arco setecentista da Ermida albergou no decorrer da programação deste espaço.

A Ermida Nossa Senhora da Conceição – monumento setecentista destituído da sua função primordial de culto religioso – tem acolhido exposições dos mais importantes agentes e criadores da cena artística portuguesa, proporcionando o diálogo entre artistas, designers, curadores e entidades ligadas ao setor.

Fotografia moçambicana no Centro Cultural Emmerico Nunes

Através das obras de quatro fotógrafos com diferentes trajetos reconhecidos - Moira Forjaz, José Cabral, Luís Basto e Filipe Branquinho -, a exposição “4 Fotógrafos de Moçambique” representa a vitalidade da imagem fotográfica em Moçambique, que foi encontrando sempre novos caminhos documentais nos 40 anos de independência do país.

Quatro fotógrafos que representam outras tantas gerações da fotografia de Moçambique, desde a década de 1970 de Moira Forjaz, que fotografou a Ilha de Moçambique e os anos de Samora Machel, até à atualidade dos retratos urbanos a cores e de grande formato («Ocupações») de Filipe Branquinho, um dos jovens fotógrafos que têm alcançado carreira internacional e tem exposto com frequência em Portugal.

Para além da grande escola de fotojornalismo impulsionada pelo exemplo e pelo ensino de Ricardo Rangel, vindo dos tempos coloniais, outros caminhos foram-se abrindo com a rebeldia e a intimidade das imagens de José Cabral, que aliou o enfoque autobiográfico à dimensão social do seu trabalho, e depois com a coerência conceptual e formal de Luís Basto, fotógrafo de Maputo e do difícil quotidiano da cidade, que já esteve presente em várias mostras internacionais.

As exposições têm entrada livre e podem ser visitadas, nos dias úteis, entre as 14h00 e 20h00, e aos sábados, domingos e feriados, entre as 14h30 e as 20h00.