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Sines estreita relações com o Estado do Ceará

05 de Novembro de 2021

O presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, recebeu a 3 de novembro, nos Paços do Concelho, uma delegação do estado brasileiro do Ceará, cuja capital, Fortaleza, está ligada a Sines, por cabo submarino, desde o início do ano.

A receção nos Paços do Concelho aconteceu no âmbito de uma visita da delegação a Sines que passou também pela Zona Industrial e Logística – nomeadamente pela sua área para acolhimento de empresas de base tecnológica –, e pelo porto.

Embora com escalas demográficas muito diferentes - os cerca de 15 mil habitantes de Sines e os cerca de 3 milhões de Fortaleza - ficaram patentes no encontro os pontos em comum entre as duas cidades, que se posicionam, cada uma a seu modo, como portas de entrada dos continentes respetivos: a Europa e a América do Sul.

O presidente da Câmara traçou uma panorâmica sobre os principais pontos-fortes deste território, que vão do seu porto e complexo industrial instalado ao potencial para as novas energias, passando pelo setor tecnológico que este cabo submarino e novos cabos submarinos vêm impulsionar, mas também pelos valores patrimoniais, culturais e naturais.

"Somos um pequeno município, mas com um peso tremendo para a economia portuguesa", disse Nuno Mascarenhas, acrescentando que a Câmara Municipal de Sines "está sempre à procura de novas parcerias para potenciar este território".

O vice-prefeito de Fortaleza, Élcio Baptista, disse que o setor tecnológico é uma prioridade - não fosse já Fortaleza ponto de amarração de 16 cabos submarinos -, mas não esqueceu outros setores em que o Ceará e a sua capital são referências no Brasil: do porto do Pecém, com um perfil parecido com Sines, ao setor do transporte aéreo, sem esquecer a aposta nas energias renováveis - solar, eólica e hidrogénio. O objetivo é tornar o Ceará no "melhor estado do Brasil em qualidade de vida e desenvolvimento sustentável".

O secretário de Ciência e Tecnologia do Estado do Ceará, Inácio Arruda, sublinhou igualmente os trunfos daquele território na economia, mas referiu-se também ao potencial que o desporto, a cultura e as artes podem ter na aproximação entre os dois povos.

Face às afinidades encontradas e aos interesses comuns entre os dois territórios, os três intervenientes mostraram-se recetivos a uma formalização desta relação, que poderá passar por um acordo de geminação ou outro tipo de parceria.