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Cabo submarino já foi ancorado no Brasil

17 de Dezembro de 2020

A ancoragem do cabo submarino da EllaLink na Praia do Futuro, Fortaleza, Brasil, foi concluída a 14 de dezembro. A operação marca o início da ligação física do cabo à Europa, onde ficará ancorado na Praia da Costa do Norte, em Sines.

Em 2021, os navios que partem de cada um dos continentes encontram-se a meio do Atlântico para fazer a ligação das pontas do cabo.

O cabo submarino do consórcio EllaLink fará a primeira ligação direta em fibra ótica entre o Brasil e a Europa.

Com uma extensão de 10 119 quilómetros, o cabo ligará Fortaleza (Brasil) a Sines (Portugal), passando pelos arquipélagos de Cabo Verde e da Madeira. Vai oferecer uma capacidade de transmissão de dados de 72 terabits por segundo, com baixa latência.

A instalação do cabo faz ainda parte do projeto Bella (Building the Europe Link to Latin America), que agrega as redes de ciência europeia (GÉANT) e sul-americana (Rede Clara) e visa disponibilizar conectividade a instituições de ensino e centros de pesquisa científica entre a Europa e a América Latina.

Do ponto de vista do Município de Sines, que declarou o projeto como "de Relevante Interesse Municipal", espera-se que o cabo “contribua significativamente para a diversificação económica local e se traduza num novo hub nacional / ibérico de âmbito tecnológico e no domínio das telecomunicações".

Para isso foi criado o Sines TECH - Innovation & Data Center Hub, um espaço para acolhimento de empresas de base tecnológica, integrado na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), gerido pela aicep Global Parques.

Neste espaço, começou a ser construída em março de 2020 a estação de receção do cabo, a que ficará associado um centro de processamento de dados.

De acordo com a declaração aprovada pelo Município de Sines, este projeto configura “um dos maiores contributos para a diversificação da economia local e regional, criando uma nova abertura da economia de Sines ao exterior, a novos setores e mercados”.

A instalação de empresas tecnológicas representa ainda “um enorme contributo para o desenvolvimento de outros setores da economia local, desde logo nas diversas áreas industriais, mas também no desenvolvimento portuário”.

O município antecipa que o projeto traga também “um maior fluxo de quadros e que estes investimentos possam criar mais emprego e mais qualificado, aumentando ainda a atratividade do território para novos residentes”.

Foto © EllaLink