Passar para o Conteúdo Principal

OUTside(CAS) // 17 a 23 de agosto // Ângela Ferreira e Catarina Botelho

17 de Agosto de 2020

O Centro de Artes de Sines, através do Serviço Educativo e Cultural, promove o OUTside(CAS), projeto de mediação da exposição “Público/Privado - Doce Calma ou Violência Doméstica?”, patente até 18 de outubro de 2020.

8.ª Semana - 17 a 23 de agosto

NÚCLEO DA EXPOSIÇÃO

ALA 2.2- CASA – Arquitetura e Paisagens Urbanas 

ARTISTA DA SEMANA (1): ÂNGELA FERREIRA

Maputo, Moçambique, 1958. Vive e trabalha entre Lisboa e Cape Town, África do Sul.

A artista cresceu na África do Sul, onde obteve o seu Mestrado em Belas-Artes na Michaelis School of Fine Art, University of Cape Town. Vive e trabalha em Lisboa, onde é professora na Escola de Belas-Artes de Lisboa. O trabalho de Ângela Ferreira foca-se em compreender o impacto do colonialismo e pós-colonialismo na sociedade contemporânea, uma investigação que foi conduzida através de várias ideias e formas. Representou Portugal na 52.ª edição da Bienal de Veneza em 2007 continuando a sua investigação sobre a forma como o modernismo europeu adaptou as realidades do continente africano ao traçar uma história da "Maison Tropicale" de Jean Prouvé.

Em 2015 ganhou o Prémio BES Photo, Novo Banco no Museu Berardo, em Lisboa.

www.angelaferreira.info

ARTISTA DA SEMANA (2): CATARINA BOTELHO

Lisboa, 1981. Vive e trabalha em Lisboa. Licencia-se em Pintura pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa em 2004. Frequenta o  curso avançado de Fotografia do Ar.Co. em 2007. Em 2008 integra o curso de Fotografia do Programa de Criatividade e Criação Artística da Fundação Gulbenkian. Expõe regularmente desde 2005. 

"O seu trabalho tende a registar situações do domínio do quotidiano, aspetos simples da intimidade, da esfera privada e atividades essenciais da vida, como dormir, comer. São fotografias que mostram figuras, pessoas, ambientes e objetos que configuram experiências e perceções sobre o dia-a-dia. É esta a base da sua obra? Há alguma razão especial que explique esse seu interesse?

Catarina Botelho: Sim, talvez seja esse tempo das atividades essenciais, o tempo e a presença dos corpos, o estar em relação com os outros, com os espaços e objetos. A Lynn Cohen, com quem tive algumas aulas, dizia qualquer coisa como: "ser artista, criar, é passar a vida a tentar agarrar uma coisa que continuamente nos escapa, e por isso continuamos a fazê-lo". Identifico-me bastante com esta ideia…"

Excerto da entrevista efetuada pela curadora Sandra Vieira Jürgens a Catarina Botelho - https://www.revarqa.com/content/1/396/catarina-botelho/

A Melancolia de Catarina Botelho na Cidade: entrevista - https://www.publico.pt/2019/01/11/culturaipsilon/noticia/melancolia-catarina-botelho-cidade-1856876

OBRAS DA SEMANA

Ângela Ferreira

Ângela Ferreira

Ângela Ferreira
Marquise
Alumínio, Plexiglas, PVC e Zinco
(duas fotografias)
1993-2006
Coleção MNAC-MC / Doação da Artista em 2006
Cortesia: Museu Nacional de Arte Contemporânea- Museu do Chiado (MNAC-MC)

O processo de criação deste trabalho teve como base uma pesquisa documental fotográfica realizada no Porto, nos bairros de Contumil, Pasteleira, ilhas da Boavista e Lapa, bairros em que as extensões ilegais das unidades habitacionais são comuns. A generalização da marquise, em Portugal, como anexo à arquitetura citadina e dos subúrbios, representa um detalhe de construção popular e clandestina, mas tem também uma leitura sociológica enquanto superação de uma habitação deficitária. A artista apodera-se destes materiais pobres e industrializados conferindo-lhes uma aplicação plástica e escultórica, transformando-os numa proposta artística crítica sobre a sua envolvência social e económica. Estabelece também um jogo de ironia sobre o conceito de valor arquitetónico e a sua expressão no quotidiano dos cidadãos. (Emília Tavares)

Catarina Botelho

Catarina Botelho
À sombra do sol
Impressão jato de tinta, 2015
Cortesia: Galeria Silvestre, Madrid 

DESAFIO DA SEMANA

Conceitos-chave: Arquitetura - cenários do dia-a-dia escondidos nas cidades

  • Na obra de Ângela Ferreira: conceitos de casa e de construção presente em toda ala 2, assim como a noção de prolongamento, expansão, extrapolação. Representação forte de modernidade (cor e ideia e painel solar) vs. passado (estrutura e materiais de construção presentes nas marquises registadas nas fotografias) e de estratificação social. 
  • Na obra de Catarina Botelho: Conceito de casa e de construção, também uma forte conotação e estratificação social. Surge aqui a noção de bloqueio e efetua a passagem para a ala 3. 

Desafio: Um passeio pela sua localidade... em busca de um cenário representativo de um ou mais conceitos-chave. Proceder ao seu registo através de fotografia, identificá-lo, tratá-lo e partilhá-lo connosco.

Nós deixamos aqui os nossos contributos.

  • Vila Correia 1
  • Vila Correia 2
  • Vila Correia 3

Sines - Vila Correia 2020 - Centro histórico de Sines, espaço periférico do Centro de Artes de Sines - CASA - prolongamento do espaço lavandaria para o exterior. Tanque vs máquina de lavar roupa

PARTILHE OS SEUS TRABALHOS

Registe e partilhe os seus trabalhos connosco, através do seguinte endereço eletrónico: servicoeducativoCAS@mun-sines.pt.